
Texto de
Filipa Duarte Baptista
Ilustrações de
Sandra Pinho
«Abriu a caixa de cartão e escolheu um ovo. Um ovo com cara de pinto. Ia cuidar e chocar o ovo e fazer dele animal de estimação. Levou o ovo para o quarto às escondidas. Embrulhou-o numa meia de lã. Aninhava-se com o ovo quanto tempo conseguia. Dormia com ele, bem enroladinho numa manta. Quando tinha de o deixar sozinho, aconchegava-o na meia, dentro da caixa de ovos que o trouxera, para se sentir em casa. E junto à janela, para apanhar o calorzinho do Sol.»